Dia do Vira-lata: saiba como está Chiquinha, resgatada durante as enchentes do ano passado e que ganhou um novo lar

Dia do Vira-lata: saiba como está Chiquinha, resgatada durante as enchentes do ano passado e que ganhou um novo lar

Foto: Letícia Klusener (Diário)

Vira-lata se refere ao cão ou gato sem raça definida. Os cães amarelos viraram sucesso no país e são até estampas de camisetas. No entanto, apesar de, nas redes sociais, a pauta gerar diversos compartilhamentos em diferentes publicações que retratam esses animais nas ruas, o abandono ainda não é tratado com a devida atenção necessária. Tal discussão foi levantada pelo projeto Zelo, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), criado em 2014 com registros constantes de animais abandonados pelo campus. Ainda, animais que ficaram para trás após as enchentes de 2024 precisaram ser realocados em espaços para encaminhamento de lares temporários ou definitivos. Nessa matéria, saiba como está Chiquinha, cachorrinha adotada em 2024, e entenda os critérios levados em conta para uma adoção definitiva.

 

+ Entre no canal do Diário no WhatsApp e confira as principais notícias do dia


Há um ano, a cachorrinha Chiquinha tem “uma vida de rainha”. É assim que os tutores, a pesquisadora Gabriela Melo, 33 anos, e o profissional da área do Direito Jorge Gustavo, 38, descrevem o cuidado que adotam com ela e com seus outros dois pets. Tobbie e Ted, ambos de 8 anos, fazem parte da família desde filhotes.

 
Chiquinha foi resgatada em maio de 2024 durante as chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul. Ela ficou no pavilhão do Parque Tecnológico da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) até que sua atual família a adotasse. A estimativa divulgada pela prefeitura de Santa Maria é de que 156 animais, entre cães e gatos, foram acolhidos durante 15 dias (até 16 de maio de 2024). Desse quantitativo, todos foram para lares temporários ou adotados.

 
Apesar de hoje Chiquinha, com cerca de 5 anos, estar feliz, saltitante e saudável, no começo não foi assim. Quando ela foi resgatada estava com problemas na pele e, depois, teve uma hérnia de disco. A situação deixou a cachorrinha presa em uma caixinha pequena para evitar seus movimentos.

 
– Primeiro, não descobrimos o que ela tinha na pele. Depois, consultamos com uma especialista e descobrimos que era sarna. E com a hérnia tem que ter cuidado porque eles podem ficar sem andar. Ficamos nervosos, ela chorava, gemia. Sofremos muito por ela – relata Gustavo.

 
Depois da adaptação e do tratamento de Chiquinha, o lar, agora, é só alegria. No entanto, os cuidados ainda permanecem:

 
– Eles comem ração pesada, conforme indicação do veterinário, e em certos horários. E há todo um ritual para isso. Eles começam a perceber que está na hora da ração e ficam em alerta. E quando ganham petisco também. Sentam, ficam bem quietinhos – comenta Gabriela.

 
No caso de saídas, cada um tem suas personalidades. Gabriela e Jorge são de Brasília (DF). Os pets mais velhos vieram junto quando os tutores se mudaram para Santa Maria, há três anos. Segundo Gabriela, Ted fica mais tenso, já Tobbie consegue deitar e dormir. Chiquinha também tem se demostrado calma durante as viagens de carro:

 
– Quando vamos para longe, buscamos deixar eles em um hotel, que conhecem e estão acostumados. A primeira vez, eu saí de lá chorando porque senti com se estivesse abandonando ela. Já na segunda vez, ela nem olhou para trás. Ficou tranquila.


Lar temporário e adoção
Todo tutor que deseja adotar ou fazer lar temporário precisa atender requisitos. A coordenadora do Projeto Zelo, Fabiana Stecca, destaca que os cuidados vão muito além do preparo financeiro dos tutores. Durante as entrevistas para adoção, os responsáveis levam em conta a estabilidade dos possíveis tutores para que novos abandonos sejam evitados.

 
O processo para conseguir adotar um pet é rigoroso. A ausência de um local de passagem para os animais de resgate é um dos obstáculos enfrentados no município. Por isso, o lar temporário é uma alternativa e um processo obrigatório para a adoção.

 
– Se a pessoa tem espaço e tempo, ela pode acolher temporariamente um animal. Nós fornecemos ração, medicamentos, acompanhamento. Mas o espaço e o cuidado são fundamentais – detalha Fabiana.


Leia mais:


Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

O que agosto ainda reserva para Santa Maria e região, segundo meteorologista Anterior

O que agosto ainda reserva para Santa Maria e região, segundo meteorologista

Santa Maria tem feiras com frutas, verduras e coloniais até sábado; veja o cronograma Próximo

Santa Maria tem feiras com frutas, verduras e coloniais até sábado; veja o cronograma

Geral